Sunday, March 9, 2008

Escrever bem como fas

Pensei que algum dia eu poderia ter um surto criativo, e conseguiria escrever, escrever e escrever.


Não aconteceu.


Eu acreditava que sempre era a falta de tempo que me fazia não poder produzir. Daí passei um ano fora, no qual acreditava que conseguiria escrever muito, manter um diário e quem sabe até (!) escrever meu livro.


Não aconteceu.


Pensei que faltava inspiração. Que era só algo de bom ou ruim acontecer para eu poder produzir muito. Ou que eu deveria ter um lugar para escrever, e pessoas que lessem meus textos. Pois bem, tenho um note e tenho quem peça (!!!) para ler o que escrevo. E a vontade de escrever aconteceu?


Não aconteceu.


Eu achava que assim que fizesse um blog teria vontade de escrever todos os dias, que faria textos legais e que teria orgulho deles.


Não aconteceu.


Quando entrei pra faculdade de jornalismo achei que ia ter liberdade (e consequentemente a imaginação suficiente) para escrever o que eu quisesse, páginas e páginas de algum assunto irrelevante para os outros, mas que para mim fizesse o maior sentido do mundo.


Pois é, adivinhou. Não aconteceu.


O que será que faz as pessoas conseguirem escrever tanto? Por que uma simples junção de palavras pode mexer tanto com a cabeça dos outros? Afinal, são relatos que vêm de alguém. Como se faz para que os outros queiram ler o que tu produz? Para que as pessoas imaginem o mesmo que tu está imaginando, ou sejam atraidas o suficiente pelo teu texto para que criem a cena dentro da sua própria cabeça e queiram continuar lendo e imaginando, imaginando, imaginando? Como é possível escrever textos que não sejam tão vazios, e que contenham palavras inteligentes?


Como é que funciona essa coisa de escrever?

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