Monday, May 26, 2008

cinema

"O cinema constitui um meio sem precedentes de visualizar os sonhos."
Joffre Dumazedier


Eu nem sei quando foi a última vez que fui ao cinema.

Será que isso tem alguma influência sobre os meus sonhos?

Tuesday, May 13, 2008

A Fantástica Fábrica de Chocolate (e queijo)


Quem nunca sonhou em comer chocolate à vontade até não poder mais? Eu tive a oportunidade de visitar uma fábrica de chocolate na Suíça, e sim, comer até não aguentar mais. E ainda depois aproveitar para visitar um local onde se produz queijo, para degustar um pouco do tal famoso queijo suíço.

Em uma manhã de junho, acompanhada por uma amiga suíça e uma russa peguei um trem e dois ônibus até chegar na estação que nos levaria em outro pequeno trem até um vilarejo chamado Broc, no centro do país. Esse transporte ocorria em horários determinados, e tinha um objetivo específico: levar os visitantes até o local onde a fábrica de chocolate da marca Cailler é localizada. Chamar a ida lá de ‘experiência única’ é pouco, porque eu realmente me senti como se estivesse dentro da “Fantástica Fábrica de Chocolate”do filme. Com um pouco menos de fantasia, é claro. Ao descer do trem uma leve brisa tocou meu rosto, e o cheiro de chocolate impregnou cada centímetro ao meu redor. Conforme caminhava e me aproximava da fábrica o cheiro aumentava – o número de turistas também. Esperava conhecer um pouco sobre chocolate suíço e talvez experimentar algum. Mas o que me aguardava lá dentro não era apenas muita informação e um ou dois chocolates para degustação: era uma sala inteira, todos os tipos de chocolate que você pode imaginar – e muito mais.



Os turistas podiam comer chocolate à vontade, até não aguentar mais. Só que foi nessa hora que entendi o truque do cheiro de chocolate: depois de alguns pedacinhos do doce, você já estava tão enjoado do cheiro que nem queria comer mais. E é claro, não podia colocar na bolsa e levar pra casa. Me forcei a experimentar quase um de cada sabor, e saí de lá não podendo mais ver chocolate na frente por algum tempo.

Voltamos para o trem para fugir da “Cidade de Chocolate”, quase agoniadas com a demora para sair de lá – não ter mais cheiro de chocolate no ar foi um alívio. E então fomos para uma cidade lá perto, onde uma outra fábrica nos esperava.




Como eu já falei em outro texto, a base da alimentação suíça é batatas, chocolate e queijo. E nossa, MUITO queijo. E eu fui conhecer a origem disso tudo: uma fábrica que contava – em quase todos os idiomas – a história do queijo no país, e como funcionava a sua produção, passo a passo. Aparelhos modernos eram entregues para nós na entrada do passeio, e eu pude sintonizar para receber a explicação em português – que no final das contas acabou ficando meio chata e eu fiquei trocando para outras línguas, por mais que não entendesse muita coisa do russo ou do mandarim que estava sendo falado.

Depois de aprender muito sobre o queijo (mais do que eu precisava na verdade), achei que iriamos para uma sala para degustar todos os tipos, como havia sido na fábrica de chocolate. Mas nesse lugar eles eram um pouco mais modestos, e apenas nos deram uma sacolinha com quatro tipos de queijo para experimentar – aí entendi porque não tinha o cheiro de queijo no ar.