Sunday, January 27, 2008



A musica alta ecoava pelos corredores, transformando vibrações em batidas, emoções em ações. Ela sentia. O ritmo forte conduzia a todos, mas não a levava a lugar algum. Os seus pensamentos ainda estavam la. Com ele. E ao seu lado, mais nada. A musica, as luzes, o coração.
Ela encaminhava-se ao salão. Seus pés a levavam para onde ela sabia que não queria chegar. O colar havaiano enfeitava seu delicado pescoço, em um descompasso com as roupas que não transmitiam emoção alguma. Enquanto umas procuram a perfeição, ela busca a distância.
Os chinelos que protegiam levemente a sola de seus pés não contribuiam para atravessar aquele curto corredor. Curto mas ao mesmo tempo tão longo. Longo longo longo. Uma fração de segundo e uma infinidade de pensamentos. E a batida fcava mais alta. Mais forte, forte, forte. E ela nem queria.
E chegou lá. E o que mais? Nada. Ele estava lá. Como sempre, como nunca… Como nunca mais.
As luzes continuavam a brilhar com a mesma intensidade, e o som machucava seus ouvidos. Mas e ele? Machucava seu coração. O que vem fácil também vai fácil.
A bebida em suas mãos tornava-se mais amarga a cada dose. A dança, os movimentos. Ele. E por quê? Aqueles abraços, conversas no ouvido, todas as outras. Procura ele um meio para apaziguar seus sentimentos? Ou ele não sente nada simpesmente? Será que doía nele tanto quanto nela doía? Será que ele sequer sabia?
Mas e os olhares, as conversas… não demonstram? Estaria ela mostrando de forma errada ou a mensagem que se perdia no caminho até o seu coração?
Ele não queria saber. Ela não entendia. E sentada lá via o mundo como sempre. Mas como nunca.
Luzes, dança. Tanto passando por dentro. Arrepio. Seria o destino tão cruel assim?

The endless story is still not over. Not yet, maybe never.
To be continued.

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